segunda-feira, 4 de maio de 2009

Resumo: Escrita acadêmica: arte de assinar o que se lê

Neste texto, a autora Rosa Maria Bueno Fischer se valerá de indagações a respeito da escrita acadêmica, e a forma como quem escreve, se posiciona perante as idéias e afirmações ali contidas, trazendo a experiência de seu trabalho cotidiano de orientação de mestrandos, doutorandos e de bancas acadêmicas.
Ela ressalta sua preocupação para a verdadeira “paixão daquele que cria” e ainda, faz de seu texto não apenas fonte de pesquisa ou informação, mas sim, munido de vasto conhecimento e discursos de seu tempo, atenta para a “leitura assinada” trazendo a importância da identidade daquele que escreve, para quem escreve. Para tanto, ela traz discussões de filósofos (as) como Marilena Chauí, Michel Foucault entre outros, destacando este último para a força da escrita, como ato de alguém se mostrar, de fazer aparecer para o outro e para si mesmo (p.119).
Uma parte importante no texto é a de como nos apossamos (no bom sentido) de autores, utilizando para isso partes de sua obra, nós a reescrevemos, submetemos à discussão uma teoria, que vai além do que o próprio autor escolhido elegeu – pois nossa história e objetivos são outros, assim como as escolhas que estou fazendo quando resumo este texto parte de uma pré seleção minha, e nunca serão necessariamente as mesmas feitas por outros pesquisadores. A escrita acadêmica, assim como qualquer investigação desenvolvida por uma boa curiosidade rígida, epistemológica (citando Paulo Freire), necessita de uma superação por parte daquele que lê de seu orientador, indo além de papaguear o lido, ou apenas repetir trechos de recortes.

Labirintos da pesquisa, diante dos ferrolhos

Sandra Mara Corazza

A prática à investigação científica só, e apenas se dá, como objeto real da novidade, se nela por natureza se tornar uma nova prática de investigação ou seja, artistar inventando novos estilos de vida, novos pontos de vista e perspectivas. O labirinto ao qual se refere neste texto, é o labirinto dos territórios teóricos, dos problemas de pesquisa e a escolha dos caminhos metódicos ou imetódicos a se seguirem dentro da pesquisa. Não é preocupação neste texto esclarecer quaisquer dúvidas no que diz respeito a como se fazer pesquisa, ou quais métodos a seguir, seria como diz o texto “não pendurei nenhuma cenoura à frente do burro”.
Cada indivíduo que faz uma investigação, é por estar insatisfeito com o já sabido, e querer provocar com sua nova pesquisa novas indagações, novos temas a serem abordados, novas possibilidades de escolhas e de métodos. Para saber direcionar sua investigação, o pesquisador /a fará escolhas, independente do método, e estas escolhas serão o reflexo de sua identidade, de suas ideologias, seu modo de ver o mundo. Absorve-rá aquilo que achar importante e eliminará tudo o que não pareça necessário à sua pesquisa, porém, toda leitura e investigação, mesmo que não aproveitável, revela-rá a criticidade do leitor pesquisador.

Tangará da Serra, 15 de maio de 2008.

RESUMO: A entrevista na pesquisa em educação – uma arena de significados

Rosa Maria Hessel Silveira

Quando se pensa em entrevista dentro das ciências humanas, tem-se a seguinte imagem: de um lado o entrevistador, coletando dados para uma instituição acadêmica “séria”, do outro o entrevistado com seu nervosismo pensando o que falar, que perguntas irão ser feitas e como o entrevistador irá interpretá-las. O que fica de fora desse processo de coleta de dados são os gestos, o tom de nervosismo ou até mesmo de agrado sobre determinado assunto. Essas entrelinhas que a Análise da Conversação, Sociolingüística Interacional, a Antropologia e os Estudos Culturais ajudam a elucidar.
A entrevista é feita através de um jogo de funções, no caso da entrevista jornalística, onde o entrevistador é o porta voz do público e o entrevistado apenas o interlocutor, preocupado com a imagem pública. Sendo a pesquisa acadêmica uma imprensa “séria”, mesmo assim está sujeita a esses jogos de representações e imagens, retiradas estratégicas. “As pessoas que são entrevistadas tendem a oferecer uma retrospectiva dos acontecimentos. Podem, no entanto serem ensinadas a responder de forma a satisfazer os interesses do entrevistador”. Bogdan e Bliken (1994, p.36). Toda entrevista qualitativa é uma fonte potencial de erro, entrevistar várias pessoas sobre o mesmo fato, entrevistar as mesmas pessoas várias vezes pode ajudar a “limpar” a conversa dos traços de subjetividade, assim como concentrar a análise da entrevista na interação, no contexto e condições em que entrevistador e entrevistados estão inseridos.
Neste jogo de representações e significados que permeiam as entrevistas, deixemos um pouco de lado a busca incessante de revelar “verdades”, e passemos a investigar de que significados estão povoadas as palavras ali usadas, levando em conta o destinatário da entrevista, assim como os sucessivos relatos e regularidades.

Texto: As tecnologias e as transformações no ler, no escrever e no falar

Cada vez mais a tecnologia da informação vem evoluindo, e nossos jovens, às vezes por mero entretenimento, ou por necessidades de pesquisa, acompanham esse avanço. Políticas públicas também visam esse acesso dos jovens as tecnologias, com o intuito de estabelecer a inclusão digital. Porém nem sempre os professores participam desse processo, ou seja, quem deveria facilitar o aprendizado fica “desatualizado”.

A qualificação dos professores é de extrema importância para que estas políticas de inclusão funcionem. Ora se é função da escola o desenvolvimento de habilidades e competências, e a informática veio para facilitar o armazenamento, processamento e distribuição das informações, por que não aproveitar essas tecnologias para uma educação de qualidade?

Outro problema freqüentemente relacionado com a questão da pesquisa na internet é o chamado copia e cola, onde os estudantes muitas vezes copiam todo o texto na íntegra sem mesmo ler o que está escrito. No entanto esta pressuposição diz respeito também à atitude do professor, que “freqüentemente se omite da responsabilidade de propor uma investigação que vá além de uma simples coleta de informações”. Por isso convém que o professor recorra à pesquisa, mas nunca deixando de esclarecer que o texto final será produto da criação individual do aluno.

A divulgação de trabalhos em diários ou até mesmo blogs na internet, também estimulará os estudantes na produção da escrita. Isto exigirá do aluno uma constante revisão de suas produções, assim como a troca de informações e críticas recebidas através das postagens de terceiros. As diferentes manifestações da linguagem, por exemplo, em mensageiros instantâneos (MSN, Skype etc.) também poderiam ser utilizados para discutir á necessidade de espaço para cada tipo de manifestação.



Resumo de Leandro Artuzo num texto de Ítalo Dutra e Rosa Casaccia

http://inovacaoeinclusao.blogspot.com/

“A criatividade não se gere, promove-se, e é mais do que nunca vital em tempo de desafios”
Mukti Khaire

Taí um projeto que vale à pena

A palavra CEDET -conhecida ao redor do mundo- existe desde 1992, quando foi aprovada a proposta para criação do primeiro centro de enriquecimento do Brasil, em Lavras - Minas Gerais. A sigla CEDET, bem como a metodologia para atendimento a escolares bem dotados e talentosos, foi registrada como propriedade intelectual de sua criadora Dra. Zenita Guenther , em 2003.

Busca prover oportunidades a cada criança para convívio e interação com outras crianças e jovens mais capazes e talentosos, favorecendo o reconhecimento de um grupo de pares maior, e mais diversificado, do que geralmente se encontra na vida, e na escola regular.

A criança bem dotada permanece na escola regular, com os pares etários. Mas ao mesmo tempo, trabalha no CEDET em horário não escolar, participando de outros grupos com crianças parecidas com elas próprias,

Para mais informações visite: http://www.aspat.ufla.br/cedet.htm

Terra

"Resgatar e amar um pedaço da Mãe Terra

é muito mais profundo do que simplesmente

criar sistemas para manter vivo o nosso corpo físico:

é o resgate profundo da relação do homem com a Natureza,

de substituir o tempo de relógio - nossa escravidão - por ritmos.

Tempo de caju, tempo de manga.

O levantar e pôr do sol.

A lua minguando e crescendo...

E percebemos que, de fato,

precisamos de MUITO POUCO para sentir a felicidade;

que a integração com a beleza natural

é uma fonte de satisfação mais profunda e serena do que grandes conquistas no mundo urbano.”

Marsha Hanzi (trecho do livro O Sítio Abundante)